A mostra de encerramento do projeto “Como contar nossas histórias nas telas: Oficina de Introdução à Produção Audiovisual”, que realizou oficinas de produção audiovisual para estudantes durante cinco meses, reuniu autoridades, educadores, participantes, familiares e parceiros no auditório do Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, para celebrar a jornada de aprendizados e o lançamento oficial do Cineclube Itinerante Marialva Monteiro

O evento aconteceu na última quarta-feira, 17, marcando a finalização da formação, criação e descoberta da linguagem do cinema por jovens da rede pública de Ilhéus. Antes da entrega dos certificados, discursaram o vice-diretor da instituição, Paulo Quadros, a Assessora Especial do Governo da Bahia, Adélia Pinheiro, e a professora Da Luz, que destacaram a relevância do audiovisual como ferramenta pedagógica, cultural e de fortalecimento da cidadania. Em seguida, o idealizador e ministrante da oficina, o cineasta Elson Rosário, relembrou o percurso do projeto lançado em agosto, durante o Festival A Gosto de Jorge, realizado pela Secretaria de Cultura de Ilhéus.

A iniciativa teve como objetivo introduzir estudantes ao universo do cinema, por meio de 50 horas/aula de formação teórica e prática, realizadas semanalmente. A oficina contou com a participação de profissionais do audiovisual, como a consultora de roteiros Débora Macedo, a atriz e produtora Geisa Pena Tupinambá, o cineasta Claudio Lyrio, o técnico de som Lucas Rosário e o especialista audiovisual Renato Nery. A produção foi coordenada por Larissa Paixão.

“Penso que esse foi um passo fundamental para a formação de uma comunidade de produtoras e produtores audiovisuais no município, a partir da capacitação de pessoas que contribuem para fortalecer e dinamizar a cadeia produtiva do audiovisual em Ilhéus”, destaca o cineasta Elson.

O percurso formativo resultou na criação vídeos - que foram exibidos no lançamento - e de quatro roteiros de curta-metragem: “A Maldição do Anel” terror infantojuvenil, de Kauan Melo, Nikolly Pereira, Rayssa Nery e Sarah Moreira; “Notícia Boa Não Pode Ser Adiada”, drama LGBT, de Lindson Vieira; “O Celular da Discórdia”, drama crítico, de Ruan Torquato; “O Que Fica”, melodrama, de Quézia Almeida. Outros dois roteiros avançaram para as etapas de pré-produção e gravação. Os vídeos produzidos pelos participantes e o making of do projeto podem ser conferidos no canal https://www.youtube.com/@CeleiroCulturalLtda

O projeto ‘Como contar nossas histórias nas telas: oficina de introdução à produção audiovisual” foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Ilhéus-BA e tem apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Ilhéus, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, via Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura - PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura - Governo Federal. Contou, também, com consultoria técnica da empresa Celeiro Cultural Ltda, e do apoio de Badauê - Livros e Discos, Du Moura Iluminação e Fábio Nascimento (Grupo de Teatro Maktub).

*Nasce o Cineclube Marialva Monteiro*

A Mostra também marcou a oficialização da criação do Cineclube Itinerante Marialva Monteiro, que levará sessões de cinema, debates e ações de educação audiovisual para escolas da sede e dos distritos de Ilhéus. A iniciativa homenageia a filósofa e educadora baiana Marialva Monteiro, referência nacional em cinema e educação, cofundadora do Cineduc, reconhecida por sua trajetória na formação de públicos e curadoria audiovisual.

“O cineclube é a continuidade da iniciativa, pois exibirá tanto as produções desenvolvidas no curso quanto obras selecionadas por curadoria, ampliando o acesso ao cinema nas escolas e nos distritos da cidade. Trata-se de uma ação integrada a um projeto mais amplo de expansão e fortalecimento do audiovisual no município”, revela Elson.

O projeto inicia um movimento de fortalecimento do audiovisual em Ilhéus, ampliando oportunidades de formação e dando visibilidade às narrativas produzidas por jovens da escola pública. Com um cineclube oficialmente lançado e produções em fase de finalização, a iniciativa reafirma o audiovisual como instrumento de educação, expressão e cultura, e convida a cidade a assistir aos frutos dessa semente plantada no chão da escola pública.

Foto: Larissa Paixão